sexta-feira, 14 de novembro de 2008

[Resenha] TO no Underground Rock Festival

Dia 08 de novembro aconteceu a 1ª edição do TO no Underground Rock Festival

No dia 8 de novembro em Gurupi, aconteceu a primeira edição do festival realizado pelo blog-irmão TO no Underground. Após muita correria do organizador Thiago Nose Blend para divulgar, arranjar som, definir o local e ainda burlar os bombeiros que não facilitavam a liberação do bar escolhido, o festival rolou. Alguns imprevistos ocorreram e poderiam comprometer caso o público fosse mais exigente. No entanto, a maioria dos problemas foge da culpa do organizador e outros se justificam pela falta de apoio. Por ser de Palmas, é inevitável que eu compare a cena de Gurupi com a da capital, e isso vai aparecer várias vezes no texto. Vamos falar de música.

Cheguei no Asa Delta Bar por volta das 22hs, e a primeira das nove bandas anunciadas já havia tocado. Pelos comentários, a Fool-R era formada por garotos que tocavam poppy-punk-emo alegrinho. A segunda banda a abrir o festival eram os metaleiros do Discórdia, que tocou somente músicas autorais e pareceu ser a banda mais séria a tocar por lá naquela noite, mas se prejudicou por tocar para um público formado apenas por adolescentes, e isso foi a noite inteira.

Depois dessas duas bandas, descobri que das nove bandas do flyer, as três principais não poderiam tocar por problemas individuais de seus integrantes. Era a Val Halla, de Gurupi; o Meu Xampu Fede, de Palmas; e a maior perda, a Territorial, de Araguaína. Isso meio que amputou o festival e mudou meu enfoque para as bandas locais.

A banda pamense Vertikal se sentiu a vontade no palco

A única banda de fora a tocar foi a Vertikal, de Palmas. Os meninos da capital estão até hoje comemorando a oportunidade de gravar e distribuir o primeiro cd ‘La Familia’, que será lançado pela Sony Music em 2009. A banda se sentiu a vontade no palco e mandou seu som fortemente inspirado pelos cariocas do Dibob, pediu apoio pelo Orkut para abrirem o show do NXZero que vai rolar em Palmas (isso é sério???), animaram a galera com o cover de “Dammit”, do Blink 182, e ainda arriscaram toda a dignidade da banda com a versão de “Bolinhas de Sabão”, do grupo baiano Babado Novo. Diante de um público com idade média de 15 anos e com suas rodinhas que se assimilavam às cirandas infantis, o que a Vertikal fez não chegou a ser vergonhoso.

A partir daí, começa a segunda e melhor parte do festival. Sobe ao palco a banda Revolcity, que tinha um baterista de muito bom gosto (vascaíno né bicho? hehehe), e uma menina no vocal. Tocaram algumas músicas autorais e o cover de “Sweet Child o Mine” com uma faceta bem pop-rock. De repente, um outro cara subiu ao palco e meio que expulsou a menina do microfone, mandando ela pro backing vocal. A galera se animou mais porque a banda passou a tocar músicas mais rápidas e pesadas, mas as músicas próprias ficaram de lado, dando lugar a covers de Rage Against the Machine e até Cueio Limão. Pouco depois, alguém me explicou que essa mudança na formação da banda está prestes a acontecer, já que a vocalista se mudará pra Palmas. Na minha opinião, falta só a banda ensaiar mais e buscar uma identidade.

“Hey rockers, não temam, os Piratas vem aí!”. Esse foi um trecho da música de introdução da maior surpresa positiva do festival. Os Piratas é um trio com muita pose de rock machão, e provou isso com o cover de “Stay Clean” do Motorhead, e também com a música própria intitulada “Morrer pela Pátria? Jamais!”. Ainda mandaram covers de “Civil War”, do Guns, e “Enter Sandman” do Metallica. Mas outro grande destaque do show deles foi que enquanto eles estavam no palco, a fossa do bar transbordou e o cheiro de merda invadiu o local. A banda aproveitou o momento mais que oportuno para tocar “Não Peide Aqui Baby”, versão de “Twist and Shout”, dos Beatles. Essa é uma banda que faz falta na capital, com um bom vocalista de rock n roll, e pode melhorar muito se acrescentar uma guitarra e trabalhar mais em composições próprias.

Com a simpatia e a espontaneidade de sempre, a Nose Blend se confirma como o melhor show de hardcore do estado (por quê não?)

Para encerrar o festival, a banda mais ativa dentro e fora de Gurupi: Nose Blend. Pra variar, foi aquele show explosivo de sempre e com destaque para a presença de palco do vocalista Ívano, que já quebrava tudo durante os outros shows e não fez por menos durante o seu show particular de amor e ódio com o retorno. Com a simpatia e a espontaneidade de sempre, a Nose Blend se confirma como o melhor show de hardcore do estado (por quê não?). E a banda também mandou “Get Free” do The Vines, e “Smell Like Teen Spirit” (de quem mesmo???). Aproveitaram a oportunidade para homenagear o maior artista(bizarro ou genial?) de Gurupi, Zé Maria, com a versão da música “Shala-la-la, I Need You”.

Entre mortos e feridos, todos saíram vivos. A falta de identidade do público é reflexo da falta de identidade da maioria das bandas, que ainda não formaram uma cena na cidade. Não sei se o festival foi o primeiro passo, mas aliado ao blog TO no Underground, já pode ser considerado fundamental para o início de uma formação e consolidação do circuito underground em Gurupi.

por Daniel Bauducco

4 comentários:

Anônimo disse...

dukaraLHU...

Anônimo disse...

atualiza essa merda...olha o miragem ai¬¬

Anônimo disse...

bom, em primeiro lugar eu cheguei ao asa delta la pelas 9 horas da noite e o thiago ja estava na porta! e eu vi a primeira banda tocar, entao ele tbm viu... e a nose blend foi tao elogiada nesse blog pois o dono eh da banda! e na verdade eles nao foram tanto assim!
E q preconceito dividindo o festival! pra mim isso foi uma panela!!!

PS:todo mundo recebeu critica so a nose q nao! engraçado ne!

TO no underground disse...

a resenha foi feita por uma pessoa de outro blog!